Esta pesquisa de mestrado representa um marco significativo em minha trajetória acadêmica e profissional, surgindo de uma decisão crucial tomada aos 35 anos, em 2013. Após quase uma década trabalhando com edição de vídeos publicitários, especialmente para o meio digital, percebi a crescente relevância do conteúdo audiovisual na internet e seu impacto político e social, especialmente no contexto do Brasil pós-2013. Esse cenário me motivou a buscar um entendimento mais profundo das dinâmicas sociais e do poder político do conteúdo audiovisual nas redes sociais, levando-me a ingressar no curso de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

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Durante minha graduação, participei de diversos projetos de pesquisa, sendo bolsista no Programa de Estudos dos Povos Indígenas (PROÍNDIO/UERJ) e estagiário no Grupo de Pesquisa Imagens, Narrativas e Práticas Culturais (INARRA), o que me possibilitou aprofundar meus estudos em antropologia visual e questões étnicas, consolidando minha compreensão sobre as dinâmicas de poder e a relevância política do audiovisual.

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A pesquisa analisou o xondaro, uma prática corporal dos indígenas Guarani. Envolveu visitas às aldeias indígenas Pyau (SP) e Sapukai (RJ) e buscou pensar essa prática Guarani como uma Performance Marcial. Tendo a especificidade de possuir duas performances interconectadas por esse Outro adversário, a Performance Marcial é fundamentalmente motivada pelo agonismo.

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Assim, foram abordados aspectos que relacionam o xondaro com questões políticas e culturais, explorando a conexão entre o corpo do praticante e o Outro, compreendido como adversário, e os agenciamentos da imagem deste corpo em estado de performance, enquanto estratégia política imagética.

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