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Musk, China e a Soberania Digital: Desafios da Internet no Brasil

O tema que dominou os debates esta semana foram as polêmicas declarações de Elon Musk, que criticou duramente o Supremo Tribunal Federal, a Presidência do Brasil e, por extensão, todo o nosso sistema democrático e a soberania nacional.



Esse contexto reacendeu o debate sobre o futuro da internet. Há quem defenda a regulamentação como solução, enquanto outros propõem a criação de redes sociais genuinamente brasileiras. Contudo, é evidente que ainda estamos longe de alcançar autonomia plena em termos de internet, uma construção que não acontece da noite para o dia.


Desde o e-mail que utilizamos até as buscas acadêmicas, todos os nossos dados digitais passam por empresas, predominantemente norte-americanas.


No meio dessas discussões, surge a China — um país frequentemente mal compreendido, mesmo em círculos progressistas.


Claro, não espero que todos conheçam detalhes sobre o que ocorre lá, dada a distância física e barreiras linguísticas. Além disso, nossas percepções são moldadas por algoritmos que filtram e definem nossa realidade. Mas há livros sobre o tema, como Internet Law in China de Guosong Shao, publicado pela Oxford Cambridge Philadelphia New Delhi.


A regulamentação da internet na China é frequentemente visto como algo antagônico à ideia de liberdade. No entanto, concordando ou discordando, a China, apesar de distante dos contextos cotidianos de muitas pessoas, segue uma legislação rigorosa que não é ditada ao capricho de um líder autoritário.


De qualquer forma, Elon Musk provocou uma uma mudança nos discursos. A China, antes vista apenas como o vilão que censura a internet, começa a ser reconhecida (dentro de um campo mais progressista) como um modelo de regulação e desenvolvimento das suas próprias plataformas.


Por fim, é crucial entender que na China, assim como aqui, decisões significativas sobre o país não são tomadas de um dia para o outro. Há uma legislação baseada em princípios nacionais fundamentais, como a integridade do país.


Atualmente, o Brasil também enfrenta seus dilemas sobre a liberdade na internet e talvez estejamos em um ponto de inflexão.


Este panorama nos leva a uma reflexão importante: até que ponto podemos ou devemos modelar nossas políticas digitais baseadas em exemplos internacionais? E mais, como você, leitor, percebe a intersecção entre liberdade de expressão e regulamentação na internet, tanto no Brasil quanto em outros contextos globais?



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